terça-feira, 25 de novembro de 2008

O que se ler?

Oi pessoal! Finalmente voltei inteiro, ou quase, e antes do post desta semana gostaria de dar um conselho: Nunca, “jamais de ma vie”, como diria um ex-professor, tente ajudar a lavar uma cozinha sem um chinelo. Junte o sabão e uma tentativa frustrada de evitar, com uma vassoura, que um gatinho cruze a área molhada, e temos duas semanas com a mão esquerda quase paralisada…

Voltando ao tema do post: o que se ler? Tudo! Além das leituras obrigatórias para cursos, exames, profissão, etc., tudo o que lhe cair na mão: leia! Isso se você gostar da brincadeira, aliás, se não gosta, o que você está fazendo aqui lendo um blog? Viu como gosta de ler? :-)

Alguns tópicos para lembrar:

- Livro novo é aquele que nós ainda não lemos. Não sei quem disse isso, provavelmente o dono de algum sebo. Um livro novo é aquele que ainda não tivemos a chance, ou a possibilidade, de lermos, independente de se ele está ainda com cheiro de tinta, recém-saido da gráfica, ou com cheiro de livro velho (se deixar ventilando próximo a uma janela, sem bater sol direto, o cheiro vai embora). Quando tiverem mais idade, e se o santo protetor dos leitores os ajudarem a se encantar com algum escritor que não seja mais editado, vão ver que o meu conselho sobre como tirar o cheiro de livro velho será útil.

- Prefira os escritores apaixonados. Eu particularmente prefiro os escritores que amam, sem culpa, sem dor, de maneira natural. Mil vezes um Neruda que escreve uma “Oda al caldillo de Congrio”, um poema sobre uma de suas receitas preferidas, do que um elefantino Ulisses, de James Joyce.

- Leia sem culpa. Você gosta de Paulo Coelho e todo mundo que você conhece adota uma postura intelectualizada e torce o nariz? Que se dane, leia de madrugada, embaixo das cobertas, fazendo cabaninha, acompanhado de uma laterna, mas leia o que gosta, sem culpa! Isso também vale para o “elefantino Ulisses”, de Joyce, principalmente na tradução do Houaiss! Ninguém merece…

Paulo Rezzutti
Sebo Bazar das Palavras

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