“Um empregado do Itamaraty.” Com essa frase, pegada emprestada do diplomata Cyro de Freitas Valle, antigo embaixador brasileiro na Alemanha de Hitler, o ex-chanceler brasileiro Ramiro Saraiva Guerreiro dá o título a seu livro de memórias sobre seu trabalho no Itamaraty.
“Lembranças de um empregado do Itamaraty”, lançado em 1992 pela Editora Siciliano, mostra-nos os bastidores da política externa brasileira durante as décadas de 70 e 80. Longe da monotonia de Kissinger em sua bíblia “Diplomacia”, a obra de Saraiva Guerreiro é uma aula muito bem dada. O texto é leve, pontuado de pequenas histórias curiosas e piadas de bastidores. Ao contrário do que poderíamos esperar de um chanceler brasileiro da época dos militares, Saraiva Guerreiro mostra que não existe capacidade de mando se antes não se obedeceu e, ao parafrasear o embaixador Freitas Valle no título da obra, deixa claro que antes de ser chanceler e embaixador é um empregado, um servidor do Brasil, dando a entender que um bom servidor serve ao Estado, antes de ao governo que porventura, em determinado momento, ocupa o poder.
Para terem uma idéia do estilo do autor, vejam como ele justifica a escrita de suas memórias: “Estranhamente, porém, há pessoas, e respeitáveis, que me pressionam para escrever, para explicar. Tudo porque fui ministro das Relações Exteriores no sexênio Figueiredo. (...) É verdade que uma dessas pessoas, a mais insistente por sinal e inteligentíssima, é uma senhora, que, segundo vim a saber, já esteve internada para tratamento psiquiátrico e dizem não estar livre de voltar a sê-lo. Mas também é verdade que, quando me falou, estava num intervalo lúcido e, acredito, em tais intervalos, os loucos revelam maior lucidez do que as pessoas consideradas normais.”
Celso Lafer, chanceler brasileiro do governo Fernando Henrique Cardoso, afirma sobre o livro ser “um relevante depoimento histórico sobre situações diplomáticas nas quais atuou o embaixador (como, por exemplo, o do bem-sucedido encaminhamento do contencioso com a Argentina sobre Itaipu e o da fixação da posição brasileira na guerra das Malvinas).”
O Itamaraty recomenda a obra como leitura complementar para seus concursos, tal a relevância das memórias do ex-chanceler.
Esta obra, de que dispomos em estoque, pode ser adquirida em nosso site por R$ 15,00 + o valor do correio.
“Lembranças de um empregado do Itamaraty”, lançado em 1992 pela Editora Siciliano, mostra-nos os bastidores da política externa brasileira durante as décadas de 70 e 80. Longe da monotonia de Kissinger em sua bíblia “Diplomacia”, a obra de Saraiva Guerreiro é uma aula muito bem dada. O texto é leve, pontuado de pequenas histórias curiosas e piadas de bastidores. Ao contrário do que poderíamos esperar de um chanceler brasileiro da época dos militares, Saraiva Guerreiro mostra que não existe capacidade de mando se antes não se obedeceu e, ao parafrasear o embaixador Freitas Valle no título da obra, deixa claro que antes de ser chanceler e embaixador é um empregado, um servidor do Brasil, dando a entender que um bom servidor serve ao Estado, antes de ao governo que porventura, em determinado momento, ocupa o poder.
Para terem uma idéia do estilo do autor, vejam como ele justifica a escrita de suas memórias: “Estranhamente, porém, há pessoas, e respeitáveis, que me pressionam para escrever, para explicar. Tudo porque fui ministro das Relações Exteriores no sexênio Figueiredo. (...) É verdade que uma dessas pessoas, a mais insistente por sinal e inteligentíssima, é uma senhora, que, segundo vim a saber, já esteve internada para tratamento psiquiátrico e dizem não estar livre de voltar a sê-lo. Mas também é verdade que, quando me falou, estava num intervalo lúcido e, acredito, em tais intervalos, os loucos revelam maior lucidez do que as pessoas consideradas normais.”
Celso Lafer, chanceler brasileiro do governo Fernando Henrique Cardoso, afirma sobre o livro ser “um relevante depoimento histórico sobre situações diplomáticas nas quais atuou o embaixador (como, por exemplo, o do bem-sucedido encaminhamento do contencioso com a Argentina sobre Itaipu e o da fixação da posição brasileira na guerra das Malvinas).”
O Itamaraty recomenda a obra como leitura complementar para seus concursos, tal a relevância das memórias do ex-chanceler.
Esta obra, de que dispomos em estoque, pode ser adquirida em nosso site por R$ 15,00 + o valor do correio.
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